24 de out. de 2011

The great Khalo

"Nadie sabrá jamás cómo quiero a Diego. No quiero que nada lo hiera, que nada lo moleste y le quite energía que él necesita para vivir, vivir como a él le dé la gana, Pintar, ver amar, comer, dormir, sentirse solo, sentirse acompañado; pero nunca quisiera que estuviera triste. Si yo tuviera salud quisiera darsela toda, si yo tuviera juventud toda la podría tomar, No soy solamente la madre, soy el embrión. el germen, la primera célula que- en potencia- lo engendró. Soy él desde las más primitivas y más antiguas células, que con el tiempo se volvieron él. Cada momento él es mi niño, mi niño nacido, cada ratito, diario, de mí misma. Afortunadamente las palabras se fueron haciendo. ¿ Quién les dio verdad absoluta? Nada hay absoluto, Todo se cambia, todo se mueve, todo revoluciona, todo vuela y se va... Diego-principio Diego-constructor Diego- mi niño Diego-pintor Diego-mi amante Diego-mi esposo Diego-mi amigo Diego- mi madre Diego-mi padre Diego-mi hijo Diego-yo Diego- universo"

e mi Frida, mi Diego, yo lo sé exactamente, como pudiera no saberlo, aunque viviendolo en el uno corazon de dós.

.[Cla Cavalin].

5 de set. de 2011

The great Gatsby.

21.5 anos e parece que a vida acaba de começar, apesar de já se ter sido navalhado profundamente, manchado, repartindo-se ao meio para sempre; e, como num dia em branco, (re)viver esta carne de vida que cicatriza. Fria e lentamente, como se o abraço caloroso fosse impossível, como se o amor também o fosse, e nada mais pudesse arder.

Nick: "But you can't live the past."
J. Gatsby: "You can't live the past?"

e, ainda assim, tão vivo. mesmo inatingível, permanece no agora, este mesmo, exato instante, que é tudo de mais importantissimo no mundo, a eternidade instantânea. O agora mesmo penso em mim, que se contorce em tantos fatos discorridos até agora. até o próximo janeiro.

Um corte. Um sangue que não arde. Corre por entre os dedos, o punho, estreito córrego vermelho e deslizante sobre esta couraça, por entre a vida que cicatriza. Fria e lentamente.

.[Cla Cavalin].

8 de ago. de 2011

O Cárcere e A Custódia

Sobre o papel algodoado
Tecem os dedos um movimento em rendas,

Pele pelo pele docemente
Pelo e pele
Pele e pelo manifesto

e transportam num tapete de veludo
O poeta em seu vicio antigo,
perpétua jornada ingrata,

Para além destes -------------------------------------------- Limites.

Um ballet sinestésico
No suspiro longo, imaginativo

Amplo

Como o Amor deve ser.

.[Cla Cavalin].

7 de jul. de 2011

Days of Daydreamin'girls

Era o comeco do fim.

E sim, grandes amores enfim sao perdidos.

Como o amor dificil de abandonar um sonho,

Mas que, mesmo assim, chama-se Amor.





---- And i am telling you i`m not going ----

.[Cla Cavalin].

8 de abr. de 2011

Discrasia

Porque meu coração dispara quando vem o seu cheiro... dentro de um livro...

E a cada novo despertar, fechar:

Se devo dizer que não te amo, quando me traio, porque sinto;

E quando peço por favor não me ame, quando necessito deste amor para sentir, e para sentir-me.

Vem, vá, vambora, agora, vá embora.

É o que o tempo leva. Leve.

Leve a dor também e me faça. Leve.

Fico a esperar. E parar. E parou.

Até que não desperte mais...

Até quando? Tempo.

Até lá, me leve.

Suplico.

.[Cla Cavalin].

22 de dez. de 2010

Babaquice Sentimental Natalina

via E-mail:

Bom dia. Um feliz Natal para você e todo mundo que for da sua família.
Aliá-se, foda-se você também.
Aproveito e coloco no pacote um próspero Ano Novo.
Beijo enorme.

.[Cla Cavalin].

- Uma autora não cristã, que já perdeu toda sua paciência natalina em meio a filas, engarrafamentos e e-mails cheios de cordialidade natalina e votos de um próspero ano novo.

12 de dez. de 2010

Sobre o Amor Sensorial

Frente à parede ilustrada,
Vejo perfeitamente delimitadas rosas.

Na palma das mãos, meço-as. Analíticas.
Senhora de seus destinos, finjo;
Sei que não lhas tenho a concessão para Sentir.

Analíticas, procuro seus contornos.
Imagino o aroma, o toque, a seda.
Quero ir além, enxergá-las enfim.
E destacar, na beleza de suas imperfeições, a Plenitude.

: Esta é a beleza imperfeita do Humano

E este será o poema mais lindo do mundo;
Pois aqui vive, concreto.
E, frente-a-frente, o Sinto.

.[Cla Cavalin].

7 de nov. de 2010

Risco

"O risco não é só um traço
É a distância entre um prédio e outro
A diferença entre o pulo e o salto
O risco é riqueza e asfalto a percorrer
Pode ser a pé
Pode ser voar
O risco é o bambo da corda solta no ar
Dentro dele cabe cálculo
Cabe medo e incerteza
Cabe impulso instinto plano
O risco é a pergunta te atacando ao meio-dia
É o preço do sonho pra virar realidade
É a voz das outras gentes testando a tua vontade
Aceitá-lo é saber que não existe
Estrada certa
Linha reta
Vida fácil pela frente
Mas que asa
Asa
Asa
Só ganha quem planta no escuro do braço
Essa semente de poder voar."

.[Maria Rezende].